domingo, 1 de junho de 2014

[RESENHA] A Menina que Semeava

   Título: A Menina que Semeava
  Autor: Lou Aronica
  Editora: Novo Conceito
  Páginas: 414
  Sinopse: Chris Astor é um homem maduro, um botânico bem-sucedido, mas, especialmente, um pai amoroso. Sua filha – Becky – é, para ele, seu maior e melhor projeto. Mas a garota, tão amada, tem câncer. O que pode um pai quando sua filha foi acometida por uma doença assim, nociva? Como diminuir o sofrimento de uma criança tão amada? Apesar de sua agonia, Chris encontra uma maneira mágica de acolher sua menininha. Para que ela se recupere bem, e mais rapidamente, ele cria um mundo paralelo, cheio de fantasias, história e personagens maravilhosos que parecem ter o poder milagroso da convalescença. E nada no mundo, nem sua sanidade, nem seu trabalho, nem mesmo sua mulher serão obstáculos para a determinação deste pai que só tem o propósito de ver sua filha feliz. Uma história sobre desespero, esperança, invenção e descoberta que ultrapassa qualquer razão, qualquer limite, enquanto você revê tudo aquilo em que acredita.


  O que eu achei: Eu, que sempre acompanho o site da Editora Novo Conceito, em junho do ano passado me deparei com uma capa linda, com um título tão chamativo quanto. Atraem-me muito histórias envolvendo fantasia, me fazem lembrar a infância de novo (como se eu fosse muito velha ¬¬) e, portanto, não foi diferente com a Menina que Semeava. Infelizmente, levei uma eternidade para adquiri-lo. Onde eu moro (Fim do Mundo) as livrarias são muito atrasadas quanto à atualização de lançamentos de livros para vendas. Por causa disso, só pude comprá-lo em uma viagem em dezembro do ano passado, que eu fiz para São Paulo, minha terra natal. Então, com o tão sonhado e desejado livro em mãos, o devorei em questão de dois dias.


     A personagem Becky me surpreendeu de vários ângulos. Desde a descoberta de seu câncer, quando ainda era pequena até a narração atual da história, aos seus quatorze anos, ela se mostrou a personagem mais sensata na hora de tomar decisões, sem perder no olhar seu brilho da idade. Às vezes, a achei muito distante do pai, e não é para menos, já que a história deixa clara sua mágoa por causa da separação dos pais quando ela era criança. Surpreendeu-me o fato de ela ter uma boa convivência com o padrasto, Al, já que sabemos que é quase sempre o contrário atualmente.

     Chris também foi um personagem que cresceu e desenvolveu-se demais ao decorrer da história, e seus sentimentos e opiniões foram os mais descritos com precisão pelo autor, de uma forma que nos faz sentir aquele aperto no peito quando ele está, por exemplo, triste, porque é como se a gente sentisse a tristeza dele também. Em alguns trechos do livro, torci de dedos cruzados para que Chris e Lisa se acertassem. A amizade deles é tão intensa e simples, que não seria surpreendente se de repente os dois se beijassem e iniciassem um relacionamento. Também achei um barato os encontros arranjados que Lisa conseguia para ele.

     A escrita é boa e diferente, levando o leitor a sentir que está no contexto da história diversas vezes. Fantasia e realidade estão equilibrados, não deixando a trama muito surreal ou muito careta demais. Os personagens surpreendem, cada um ao seu modo e logo é preciso piscar para se lembrar que não passa de um livro

     A Menina que Semeava é um livro que eu tenho consciência de que nunca irei esquecer. É fantástico; e uma literatura rara, porque é forte e simples ao mesmo tempo, abordando vários temas importantes e atuais. É uma história tão cativante, que na noite em que terminei o livro, me concentrei ao máximo na cama para tentar chegar até Tamarisk e ver se esse reino era real.







     Ajuda dizer que é?

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