sexta-feira, 31 de julho de 2015

[COLUNA] Carreira Independente

  Boa noite! Como andam as coisas? Hoje, na sexta das colunas, apresento um tema que é cada vez mais comentado no mundo literário: trabalho independente. É fato que por trás de um grande ser humano há uma grande história, e o mesmo podemos dizer de vários autores que hoje se destacam no mundo literário. Eu poderia fazer uma lista gigantesca com nomes de escritores nacionais que admiro demais, só que isso seria absurdamente esquisito, já que ninguém tem o tempo nas mãos. Espera. Essa frase pareceu muito pretensiosa? Enfim, vamos lá.

Escritores Independentes
Porque sucesso não depende de título, mas de esforço



  Desnecessário dizer que encontrar no Facebook, por exemplo, escritores independentes está se tornando algo inevitável. Eu, por exemplo, convidando autores para o quadro Conhecendo Mais me surpreendi com a extensão da lista que tive em mãos. Eles estão aqui e ali, divulgando seus livros nas redes sociais e cadastrando-as no Skoob, trazendo até nós nova histórias de novas pessoas que nunca conhecemos, mas que seria um prazer caso pudéssemos. São escritores que começam agora, pequenos e grandes, já conhecidos de grandes trabalhos ou totalmente novos. 

  E, não se admire se eu disser que muitos dos escritores que hoje reluzem nas prateleiras das livrarias, começaram com a carreira independente. Não preciso nem lembrá-los de Maurício Gomyde, por exemplo. Lançou quatro de seus cinco livros de forma independente, e hoje tem o quinto livro lançado pela Novo Conceito e um prestes a sair pela Intrínseca. Muitos dos leitores recentes de Gomyde podem olhar pra ele e dizer simplesmente que teve sorte. Contudo, chame o Maurício e pergunte se foi fácil. Se ainda é tão "fácil". Como eu disse, todo mundo tem uma história. E ela não serve para definir uma pessoa agora, mas para moldá-la para o futuro. 

  Aposto que Maurício Gomyde aprendeu muito com sua fase independente, da mesma forma que continuará aprendendo agora, mesmo tendo uma editora para publicar seus livros. Digo isso porque, observadora que sou, percebi uma coisa muito triste: como se não bastasse a diferença feita por brasileiros entre literatura brasileira e sua própria literatura, é visível o preconceito praticado contra autores independentes. Sinceramente, eu não vejo por quê. Menosprezar um autor porque ele trabalha por si só, porque não tem uma casa editorial ainda? Como se isso o fizesse ter menos talento que os demais? Soa-me ridículo. Já disse aqui e repito: sou uma leitora jovem que apoia do jeito que posso os autores nacionais - não importa se sejam contratados ou independentes; famosos ou iniciantes. 

  Na verdade, vou dizer uma coisa: eu andei conversando com a minha mãe, e, se analisarmos bem a situação, a melhor coisa para um escritor iniciante é começar com uma carreira independente. Bem, publicar seu livro por você mesmo vai te conceder experiência pra que sua maturidade esteja fortalecida quando chegar a hora de publicar seus originais por editoras. Tanto que eu, uma menina de 13 anos que mesmo que soe clichê quer se tornar escritora, penso seriamente em começar minha carreira de forma independente - mas é claro que não deixarei passar a oportunidade de lançar meus livros por uma editora haha. 

  Sem falar que, mesmo que pareça difícil, logo o esforço tem retorno. Maurício Gomyde, por exemplo, hoje está numa das maiores editores desse Brasil. Amanda Ághata Costa, autora do livro fantástico A Escolhida, assinou um contrato com a Editora Arwen. A verdade é que o sucesso, como diz a chamada desse texto, não vai depender da editora em que você se encontra. Vai depender do seu esforço para dar o melhor de si. E acho que, nesse mercado literário maluco e complicado, o esforço é a palavra-chave.

  Fiquem com Deus e a gente se vê! ;)

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