Título: Belleville
Autor: Felipe Colbert
Editora: Novo Conceito Selo: Novas Páginas
Páginas: 304
Sinopse: Se pudesse, Lucius aterrissaria em 1964 para ajudar Anabelle a realizar o grande sonho de seu falecido pai! De quebra, ajudaria a moça a enfrentar alguns problemas muito difíceis, entre eles resistir à violência do seu tio Lino. Claro que conhecer de perto os lindos olhos que ele viu no retrato não seria nenhum sacrifício... Sem conseguir explicar o que está acontecendo, Lucius inicia uma intensa troca de correspondência com a antiga moradora da casa onde se mudou. Uma relação que começa com desconfiança, passa pelo carinho e evolui para uma irresistível paixão - e para um pedido de socorro...
O que eu achei: Com todo o respeito, eu gostaria de começar dizendo que essa sinopse mais complica que explica, certo? Bom, pelo menos eu achei isso... Felizmente, parte do leitor decidir ler o livro para concluir que isso não faz diferença alguma. E que a obra é fantástica. Felipe Colbert conseguiu criar uma história cativante, onde inconscientemente você acaba torcendo para que os personagens encontrem seus caminhos, que tudo dê certo para eles... É uma coisa de louco, talvez até difícil de se compreender às vezes.
O destaque do livro já começa com o enredo. Lucius se muda para Campos do Jordão a fim de estudar Matemática na universidade local. A casa que ele mora, tão bem descrita no livro, é cheia de mistérios. Por meio de uma foto onde uma bela jovem enterra uma caixa no terreno, Lucius começa a viver a maior aventura de sua vida. Ele desenterra a caixa e lê a carta deixada por Anabelle, a moradora que viveu naquela casa cinquenta anos antes, na qual ela expressa o desejo de que o próximo morador continue o projeto e sonho de seu pai: a montanha-russa Belleville, inacabada. Lucius decide responder a carta, deixando o pedido para que o morador depois dele realize o desejo de Anabelle, já que ele mesmo não pode.
Até aí tudo bem; uma história normal. Acontece que, nos anos sessenta, a órfã Anabelle recebe uma carta estranha, em resposta a sua, escrita em 2014. De início, ela acha que é uma brincadeira de mal gosto, da mesma forma que Lucius, no século 21, cinquenta anos à frente. Inicialmente, ambos se correspondem com ironia, para depois passarem para a simpatia e finalmente à uma paixão incontrolável, assim como ao desejo aparentemente impossível de se encontrarem. A partir desse momento, mil acontecimentos do lado dela e do lado dele tornam a relação cada vez mais estreita, e na mesma medida mais perigosa...
Bem, com isso, percebe-se que Belleville não é um livro qualquer. Antes de qualquer coisa, não, a troca de correspondência entre duas pessoas que vivem com cinquenta anos separando-as não é nada confuso. Eu mesma pensei que seria, e me surpreendi quando vi que Colbert sabe equilibrar as coisas, a modo que o leitor não se sente confuso; se sente envolvido. Eu, particularmente, nunca vi uma história tão bonita e sensível, tão verdadeira e emocionante. De repente, durante a leitura, eu me via questionando ao nada: "Bem, quem garante que Lucius na verdade não é Felipe? Ou quem sabe ao contrário? Felipe pode ser Lucius...". Isso porque o protagonista tem uma presença muito forte, profunda. Caramba, Colbert não deixou passar nada!
A narração é feita em primeira pessoa, por meio de Lucius e Anabelle. Honestamente, eu me senti mais confortável com a narração da Anabelle, talvez porque a narrativa fica mais sensível e delicada quando Anabelle ganha voz. Lucius não fica atrás; sua narrativa também é delicada, mas ainda assim masculina. Sim, garotas, podem pirar! Lucius é um fofo!
A escrita de Felipe começou na corda bamba. Eu não sei, parecia que no começo do livro ele ainda se sentia desconfortável com a história, não estava totalmente conectado. Relevei, pois ele logo recupera isso e recupera com tudo, trazendo uma escrita fina e talentosa. Gostei disso. Felipe tem uma escrita diferente e que faz com que o leitor se sinta bem próximo dele, como se Lucius e Anabelle estivessem bem ao nosso lado, contando essa história surpreendente com todos os detalhes que tem direito, com toda a emoção e pureza.
O final me surpreendeu. Pois é, eu não fazia a mínima ideia de que aquilo aconteceria, por isso quebrei a cara quando li e disse a mim mesma: "pois é, Vick, você acaba de ser pega de surpresa. O Felipe é um escritor realizado!". Gostaria de deixar aqui minhas sinceras felicitações ao autor pelo livro que escreveu. Ninguém conseguirá escrever um livro tão doce e mágico, ao mesmo tempo que fisga a atenção do leitor para que ele se envolva com a história de uma forma fantástica. Talvez o livro tenha sido tão impactante para mim porque eu não tinha muitas expectativas, mas não importa. Eu amei. Me surpreendi. Quero mais desse escritor talentoso. Felipe sabe contar uma história e emocionar o leitor de fato, sabe capturar nosso coração e despertar nossa inocência e pureza. Gente, é simplesmente lindo a forma como tudo acontece; a forma com que nos envolvemos com Lucius e Anabelle. Inesquecíveis!
É isso. Talvez eu não tenha conseguido expressar todo o meu sentimento, mas dei o meu melhor. Felipe me conquistou, eu tenho certeza disso. Belleville também. Leiam esse livro para entender do que estou falando. É um livro para se ler e reler, e sempre sentir a mesma mágica.
O destaque do livro já começa com o enredo. Lucius se muda para Campos do Jordão a fim de estudar Matemática na universidade local. A casa que ele mora, tão bem descrita no livro, é cheia de mistérios. Por meio de uma foto onde uma bela jovem enterra uma caixa no terreno, Lucius começa a viver a maior aventura de sua vida. Ele desenterra a caixa e lê a carta deixada por Anabelle, a moradora que viveu naquela casa cinquenta anos antes, na qual ela expressa o desejo de que o próximo morador continue o projeto e sonho de seu pai: a montanha-russa Belleville, inacabada. Lucius decide responder a carta, deixando o pedido para que o morador depois dele realize o desejo de Anabelle, já que ele mesmo não pode.
Até aí tudo bem; uma história normal. Acontece que, nos anos sessenta, a órfã Anabelle recebe uma carta estranha, em resposta a sua, escrita em 2014. De início, ela acha que é uma brincadeira de mal gosto, da mesma forma que Lucius, no século 21, cinquenta anos à frente. Inicialmente, ambos se correspondem com ironia, para depois passarem para a simpatia e finalmente à uma paixão incontrolável, assim como ao desejo aparentemente impossível de se encontrarem. A partir desse momento, mil acontecimentos do lado dela e do lado dele tornam a relação cada vez mais estreita, e na mesma medida mais perigosa...
Bem, com isso, percebe-se que Belleville não é um livro qualquer. Antes de qualquer coisa, não, a troca de correspondência entre duas pessoas que vivem com cinquenta anos separando-as não é nada confuso. Eu mesma pensei que seria, e me surpreendi quando vi que Colbert sabe equilibrar as coisas, a modo que o leitor não se sente confuso; se sente envolvido. Eu, particularmente, nunca vi uma história tão bonita e sensível, tão verdadeira e emocionante. De repente, durante a leitura, eu me via questionando ao nada: "Bem, quem garante que Lucius na verdade não é Felipe? Ou quem sabe ao contrário? Felipe pode ser Lucius...". Isso porque o protagonista tem uma presença muito forte, profunda. Caramba, Colbert não deixou passar nada!
A narração é feita em primeira pessoa, por meio de Lucius e Anabelle. Honestamente, eu me senti mais confortável com a narração da Anabelle, talvez porque a narrativa fica mais sensível e delicada quando Anabelle ganha voz. Lucius não fica atrás; sua narrativa também é delicada, mas ainda assim masculina. Sim, garotas, podem pirar! Lucius é um fofo!
A escrita de Felipe começou na corda bamba. Eu não sei, parecia que no começo do livro ele ainda se sentia desconfortável com a história, não estava totalmente conectado. Relevei, pois ele logo recupera isso e recupera com tudo, trazendo uma escrita fina e talentosa. Gostei disso. Felipe tem uma escrita diferente e que faz com que o leitor se sinta bem próximo dele, como se Lucius e Anabelle estivessem bem ao nosso lado, contando essa história surpreendente com todos os detalhes que tem direito, com toda a emoção e pureza.
O final me surpreendeu. Pois é, eu não fazia a mínima ideia de que aquilo aconteceria, por isso quebrei a cara quando li e disse a mim mesma: "pois é, Vick, você acaba de ser pega de surpresa. O Felipe é um escritor realizado!". Gostaria de deixar aqui minhas sinceras felicitações ao autor pelo livro que escreveu. Ninguém conseguirá escrever um livro tão doce e mágico, ao mesmo tempo que fisga a atenção do leitor para que ele se envolva com a história de uma forma fantástica. Talvez o livro tenha sido tão impactante para mim porque eu não tinha muitas expectativas, mas não importa. Eu amei. Me surpreendi. Quero mais desse escritor talentoso. Felipe sabe contar uma história e emocionar o leitor de fato, sabe capturar nosso coração e despertar nossa inocência e pureza. Gente, é simplesmente lindo a forma como tudo acontece; a forma com que nos envolvemos com Lucius e Anabelle. Inesquecíveis!
É isso. Talvez eu não tenha conseguido expressar todo o meu sentimento, mas dei o meu melhor. Felipe me conquistou, eu tenho certeza disso. Belleville também. Leiam esse livro para entender do que estou falando. É um livro para se ler e reler, e sempre sentir a mesma mágica.
Avaliação:
5 estrelas!!!
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