sábado, 4 de outubro de 2014

[COLUNA] Incentivo à Leitura: Além de Leitores, Somos o Quê?

Oi galera! Antes de começar, eu gostaria de pedir desculpas pela minha ausência nas últimas semanas. Aconteceu que a minha semana for repleta de trabalhos, provas e mais provas - que chegavam, chegavam, chegavam - e então não deu. Mesmo. O importante é que agora, para a graça do bom Deus, elas acabaram e tenho tempo para postar por aqui. Eu só gostaria de pedir, por favor, que vocês deixassem os comentários de vocês aqui no blog, nas postagens. Poxa, eu quero mesmo saber o que vocês acham mas eu infelizmente não sei ler mentes - ainda.

Enfim, o tema da coluna dessa semana é um tanto delicado:

Incentivo à Leitura:
O Papel Crucial do Leitor 




Não é novidade para ninguém que vivemos num mundo onde a tecnologia reina. E para nós, leitores, isso é um desastre ambulante, mesmo com a existência dos e-books. A verdade é que as crianças da geração que se forma - que por acaso me inclui também haha - não estão crescendo cercada desse mundo incrível que deveria ir com elas onde quer que fossem. Perdemos nosso lugar para os aparelhos eletrônicos mais modernos e isso deixa qualquer leitor assíduo de cabelo em pé! Mas será que não podemos fazer nada para mudar isso? Será que com o papel de leitor também recebemos um cargo ainda mais importante?

Acredite se quiser: entre numa escola. Procure a biblioteca. Espere até conseguir ver todo o ambiente para infartar. Sim, talvez duas ou três vezes. É o caso da biblioteca da minha escola, por exemplo. A própria bibliotecária admite que o lugar é um tédio. O lugar é grande, gostoso e climatizado e eu não entendo porque ainda assim não me sinto atraído pelo lugar. Há três estantes, nas quais duas estão ocupadas por monografias que os próprios alunos fizeram para a feira de ciências da escola e por revistas datadas de quatro anos atrás - sei disso porque falam da eleição e de quando a rivalidade pela presidência era entre Dilma e Serra. A última prateleira está ocupada por literatura brasileira clássica. Não sou nada contra nossos mestres (muito pelo contrário), mas pelo amor de Deus, aquelas edições velhas e caindo aos pedaços fazem com que leitores ávidos como eu queiram sair correndo. Pior: a galera disputa a biblioteca por causa dos computadores, que aliás nem internet têm. Alô! Em que mundo estou vivendo por favor?

Essa é uma das provas que nossos pequenos não andam recebendo incentivo o suficiente para que, daqui uns dez anos, sejam leitores viciados como nós. Sei disso porque para chegar onde cheguei hoje (digo, lendo tantos livros que perco a conta) precisei ler muito na infância, sendo sempre incentivada pelos meus pais. Tanto que aos dez anos eu já lia livros com centos de páginas e hoje vejo meus colegas de turma reclamando para ler um gibi.

É por causa dessa realidade totalmente assustadora que me pergunto: além de leitores, o que podemos ser? O que podemos fazer? Há alguma forma de fazermos com que as crianças dessa geração ganhem gosto pela leitura para que se tornem nossos sucessores no futuro? A resposta é mais simples que todas as perguntas: sim, há. Por exemplo: estou organizando um programa super legal para domingo que vem, no dia das crianças. Como eu moro num condomínio, durante toda a semana vou convidar as crianças para um bate-papo na área de lazer, onde vou pôr todos os meus livros infantis, que eu não leio mais. Vou passar a tarde com os pequenos, lendo, conversando e apresentando a eles esse mundinho maravilhoso que aprendi a amar. E no final - guardem segredo - vou doar os livros. Sei que isso não vai mudar o mundo, mas é uma maneira bacana de ser alguém além de leitora. Não há ninguém melhor que nós, que entendemos do assunto, para arcar com essa responsabilidade.

E melhor de tudo: funciona. Os autores nacionais estão investindo bastante em literatura infantil. Nos últimos tempos os livros para crianças andam sendo mais publicados pela nossa galera, além de que os autores andam colaborando com comerciais também, por exemplo. O Itaú também está com uma campanha bacana: Ler para uma criança. Isso muda o mundo. Assistam o vídeo abaixo. É uma graça!


Agora imaginem se mais gente tomassem a iniciativa da Paula, a contadora de histórias do vídeo. Seria o máximo, não seria? É por isso que eu estou dizendo: além de leitores, somos algo mais importante. Somos incentivadores de futuros leitores. Entre nessa também. Leia para as nossas crianças!

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