domingo, 30 de novembro de 2014

[RESENHA] A Queda dos Cinco

  Título: A Queda dos Cinco
  Autor: Pittacus Lore
  Editora: Intrínseca
  Páginas: 288
  Sinopse: John Smith, o Número Quatro, achou que tudo seria diferente quando os lorienos se juntassem. Eles parariam de fugir. Lutariam contra os mogadorianos. E venceriam. Mas Quatro estava errado. Depois de enfrentarem Setrákus Ra e quase serem dizimados, os membros da Garde reconhecem que estão despreparados e em minoria. Escondidos na cobertura de Nove, em Chicago, eles planejam os próximos passos. Os seis são poderosos, porém não são fortes o suficiente para enfrentar um exército inteiro, mesmo com o retorno de um antigo aliado. Para derrotar os mogadorianos, cada um deles precisará dominar seus Legados e aprender a trabalhar em equipe. O futuro incerto faz com que eles busquem a verdade sobre os Anciões e seu plano para os nove lorienos escolhidos. A Garde pode ter perdido batalhas, mas não perderá a guerra.
  O que eu achei: como prometido, hoje apresento a resenha de A Queda dos Cinco, quarto volume da série Os Legados de Lorien e último livro da série que li até agora. Ao terminar a leitura do terceiro volume, A Ascensão dos Nove, a primeira coisa que me veio a cabeça foi uma raiva imensa por sermos obrigados a esperar um ano pela versão brasileira de A Queda. Sorte a minha, já que na época em que li A Ascensão, o próximo livro já havia sido lançado. Portanto, li os dois praticamente um após o outro, o que fez de mim uma louca pela série. A capacidade de Pittacus Lore de desenvolver uma história é tão cativante que prende o leitor desde o primeiro livro até o último. Dessa forma, podem esperar uma resenha tão cheia de elogios quanto a de A Ascensão dos Nove, pois o quarto volume vem cheio de motivos para te fazer amar e odiar essa série.

  Atenção: essa resenha contém spoilers de A Ascensão dos Nove!


  O ambiente de A Queda dos Cinco começa animador. Finalmente a Garde está totalmente reunida na cobertura de Nove, em Chicago. Bem, quase totalmente reunida. O único membro que falta agora é o Número Cinco, mas um ato super arriscado desse cara pode mudar permanentemente o rumo das coisas. A batalha que travaram contra Setrákus Ra provou duas coisas: a primeira, animadora, é que se o grandalhão fugiu sabe que as coisas estão esquentando, e que logo ele precisará utilizar toda sua força para combater a Garde. A segunda, preocupante, é que a Garde não está preparada para o que foram designados. A perigosa proximidade que Sarah e Ella chegaram da morte confirma isso. No entanto, os lorienos estão descobrindo legados super úteis, que servem tanto para o ataque quanto para a defesa. 

  Saber que agora, faltando apenas o Número Cinco, as chances de venceram são maiores, a Garde dá uma relaxada. Esse tempinho livre serve para que a galera acerte algumas contas que foram deixadas de lado em A Ascensão dos Nove. Minha maior curiosidade se devia a Seis e John, mas já vou deixando bem claro que, talvez, a presença de Sarah tenha afetado um pouco o rumo que as coisas deveriam ter tomado de verdade. Eu não vou com a cara daquela loira. Não mesmo. De qualquer forma, o assunto amor não se restringe ao triângulo Seis, John e Sarah. Os indícios que alguma coisa rolaria entre Marina (a Número Sete) e Oito são mais nítidos em A Queda, mas nem tudo pode ser perfeito.

  Digo isso porque cada um dos personagens está enfrentando dilemas nesse volume. Quatro, Seis e Sarah ainda não se sentem tão confortáveis no mesmo ambiente, até porque a tão inocente da namoradinha do John ainda não faz ideia do que aconteceu entre ele e Seis no momento da divisão - quando Seis foi à Espanha e John à caverna mogadoriana com Sam atrás das arcas - que ocorreu ainda em O Poder dos Seis. Oito e Marina querem se aproximar, mas fica meio complicado com os olhões de Nove. Além disso, Marina sofre duas vezes por Ella. A jovem garota anda sendo atormentada por Setrákus Ra até em seus sonhos, que a galera não consegue decidir se são apenas sonhos mesmo ou legados em formação. Sam, recém-resgatado e muito feliz porque uma coisa que ele desejava muito finalmente aconteceu, precisa se atualizar um pouco. De qualquer forma, A Queda dos Cinco mostrou uma versão da Garde que não estamos acostumados a ver. Agora, eles não são mais aqueles lorienos valentes e destemidos. Os seus valores estão sendo revistos, assim como sua preparação. O super moderno apartamento de Nove pode ter muito a oferecer quando se trata de treinamento, e isso é uma grande vantagem.

  Porém, a lealdade e personalidade de cada um serão testadas nesse livro. E sim, essa minha contatação tem (tudo) a ver com o Número Cinco. Mas vou parar por aqui para não se tornar spoiler. Só quero deixar bem claro para quem pretende ler esse livro que esse volume é o que mais desperta raiva no leitor, por vários motivos. Os acertos de contas entre os membros da Garde mostram-se menos interessantes do que deixou-se parecer no livro anterior. Eu, particularmente, que torço loucamente pelo John e Seis, posso não ter gostado muito de como as coisas estão seguindo para o lado deles. Já está mais do que claro que a maioria dos fãs da séries preferem o John com a Seis, não entendo porque o autor não dá um jeito nisso então.

  De resto, posso dizer que um livro está sendo melhor que o outro. Em A Queda dos Cinco, um turbilhão de eventos despenca sobre os personagens, tornando as coisas bem agitadas. Há mais batalhas, mais separações e mais suspenses e, principalmente, mais legados. Gosto de ver que os membros da Garde finalmente estão descobrindo como fazer as coisas que estão destinados a fazer e quando falo isso, não me refiro apenas aos poderes. A arca anda recebendo um destaque importante e os segredos dela vão, lentamente, sendo descobertos. A intensidade dos fatos mostram que as coisas estão finalmente chegando ao clímax, o que me anima e me entristece. De um lado, vemos que o desfecho dessa saga finalmente será revelado, mas por outro, já sinto saudade da calmaria de Paradise e dos personagens que vão nos abandonar.

  Os personagens, falando neles, estão muito interessantes! A narração de A Queda dos Cinco fica meio desfalcada por causa da ausência do ponto de vista de Seis. No entanto, Sam se une a John e Marina para contar essa história. Eu esperava que outros membros da Garde ganhassem voz nesse livro, mas ficou visível que não foi bem assim e no caso de outros, fica evidente ao final do livro que NUNCA MAIS terão a oportunidade de narrar a história. Acho que a volta de Sam levantou o astral da história, já que senti a falta dele em A Ascensão dos Nove. A volta - ou seria a chegada? - de um personagem citado frequentemente deixou as coisas super empolgantes, já que ele traz informações muito importantes.

  Quanto ao final do livro, formou um gancho perfeito para A Vingança dos Sete, embora tenha me deixado muito, muito, muito, muitooooooo brava. Cara, só quem leu o livro entende a minha completa ira. O lado ruim daquele final foi que todas as minhas esperanças sobre várias coisas simplesmente evaporaram e o único lado bom foram os novos legados e um vislumbre do que aguarda essa galera caso as coisas não mudem.

  Gostei da capa - está bem forte e atraente - e como o usual, não encontrei erros de revisão. A diagramação está confortável e as fontes diferentes para cada narrador continua a afastar a confusão na hora de identificar que tem a voz. A única coisa que quase me fez lançar o livro pela janela foi aquele final, que me deixou curiosa para A Vingança mas que também me desanimou, e quando digo isso me refiro também a John e Seis. Continuo na esperança que o melhor aconteça a todos - mas o melhor do meu ponto de vista. Recomendo o livro para quem procura uma série de ação, mas prefiro que nem chegue perto aqueles leitores que não suportam ter a paciência testada.

  P.S. Resenha de A Vingança dos Sete em breve.

Avaliação:
4 estrelas!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário