Título: Sonhei que Amava Você
Autora: Tammy Luciano
Editora: Valentina
Páginas: 296
Sinopse: Ele estava vivo nos meus sonhos. E que sonhos! Mas era pouco. Eu queria ele na minha vida. Uma história cativante e inesquecível, cheia de mistérios e perguntas a serem respondidas. Pode um grande amor existir somente enquanto sonhamos? Kira, aos 22 anos, está apaixonada, vivendo um momento único de amadurecimento pessoal e profissional. Quem é o sedutor garoto que transforma suas noites em poesia e êxtase? Mas, apesar do maravilhoso momento que está vivendo, a garota terá que enfrentar obstáculos e barreiras. Mas sabe que a vida reserva o melhor para o final. Um convite para dar asas à imaginação e aquecer o coração.
O que eu achei: a leitura de Sonhei que Amava Você foi minha primeira vez para muitas coisas. Para começar, eu nunca tinha lido um livro da Tammy, embora já tenha Claro que Te Amo! na estante. A Editora Valentina também é nova no meu histórico de leituras. De qualquer forma, as infelizes das expectativas apareceram momentos antes de eu abrir esse universo. Quando terminei a leitura, tinha três grandes certezas: a Tammy é incrível e tem que passar 24 horas do dia escrevendo. Segundo: como faço para convencer essa carioca a escrever uma continuação? E por último: quais eram mesmo as minhas expectativas?
A história criada por Tammy Luciano desperta no leitor a vontade de se submergir depressa nos próprios sonhos na esperança de viver uma história tão intensa e linda quanto a de Kira. A escrita dessa escritora maravilhosa me levou aos limites da boa imaginação e fantasia, ao mesmo tempo em que me fazia judiar das minhas unhas. Kira é uma personagem que, logo no começo do livro, ganha o carinho do leitor por ser tão carismática e doce. A jovem abriu uma loja com a melhor amiga, Lelê. As duas são inseparáveis! O leitor conhece a história da amizade delas nas primeiras páginas e percebe o cheiro de sinceridade ali. Enfim, Kira tem uma vida invejável: tão jovem e já encaminhada profissionalmente, possui uma família de ouro (que inclui Cadu e Cafa, gêmeos, a mãe dona de um super bem frequentado restaurante e um pai que trabalha no meio da Justiça) e uma melhor amiga incrível. No entanto, a garota mantém uma pulguinha atrás da orelha por estar na casa dos vinte e nunca ter tido um namorado. Esse problema, de repente, mostra que tem uma solução no último lugar onde Kira pensaria em procurar: seus sonhos.
Exatamente. Alouca garota começa a ter encontros com um rapaz misterioso enquanto dorme, e ele a leva para vários lugares do mundo e a faz se sentir muito bem. Não demora muito para duas coisas inevitáveis acontecerem: a confusão de sentimentos de Kira e seu consequente desejo de conhecer o rapaz na vida "acordada". A vida parece gostar muito de ficar no pé da jovem, já que, a partir daí, um turbilhão de acontecimentos despenca na cabeça de Kira e de todos a sua volta, mudando suas vidas de uma forma inimaginável. E, quando eu digo todos a sua volta, me refiro ao leitor também.
A escrita da Tammy (sempre prefiro começar falando da escrita), em uma das resenha que eu li de Claro que Te Amo!, carregava o adjetivo "Emily Giffin". Bem, qualquer leitor sabe que sem comentários sobre a escrita dessa moça. Portanto, uma das maiores curiosidades que eu tinha em relação aos livros da Tammy se referia a escrita. A primeira cena do livro - um pássaro num desespero para sair pela janela - me surpreendeu porque embora simples, trouxe para mim uma delicadeza e habilidade que eu não estava preparada para receber. Por isso, a leitura do Sonhei correu fluidamente, fazendo com que eu o lesse em um dia e meio.
O jeito com que a Tammy tratou os acontecimentos do livro em começo, meio e fim também me satisfez. Caso alguém que me perguntasse o que marca cada uma dessas divisões, eu saberia responder sem problema nenhum. Isso porque a Tammy, embora deixe o sentimento fluir e mostrar-se inteiramente presente, sabe aplicar seu método de escrita e cortar parágrafos que seriam desnecessários, moldar diálogos convencíveis e personagens atraentes, além de começar, desenvolver e concluir um romance com maestria, talento e sabedoria.
Aproveito a deixa para comentar sobre os personagens. Tammy criou pessoas adoráveis e mais importante: humanas. Eu simplesmente detesto aqueles personagens perfeitinhos que sempre sabem de tudo, que agem sempre certamente e que não apresentam nenhum defeito. Por isso, conhecer os componentes do universo do Sonhei foi um verdadeiro prato cheio para mim. Kira, seus pais, Cafa, Cadu, Lelê até mesmo sua cachorrinha Anja se destacam por carregarem tanto peso. Seja com um passado duvidoso, um medo constante, dúvidas ou desconfianças, essas pessoas são perseguidas por sua própria vulnerabilidade humana. Além disso, é muito fácil para o leitor se apegar a essa galera. Eu, por exemplo, sofria com eles quando alguma os perturbava e cheguei até a ter pena da antagonista da trama, que, pelo menos nessa resenha, vai ficar sem nome.
Esses personagens constroem uma história que chama muita atenção por sua ousadia. Acho que a Tammy arriscou muito tratando de um assunto tão diferente. Mas atualmente, é necessário arriscar para conquistar no mercado literário. Portanto, Tammy, relaxa; leitoras como eu esperam que a senhora arrisque assim nas próximas histórias, porque super funcionou! Gostei do livro por tratar de sonhos. Mexe com o que é há de mais profundo dentro de nós. As cenas em que a protagonista narrava suas experiências com o rapaz misterioso em seu subconsciente foram as mais intensas da trama - mentira, vou falar delas mais para frente. De qualquer forma, o livro me conquistou principalmente por causa dessa surreais experiências de Kira. Além de que a Tammy ganhou um pontaço por ter citado o livro de Chico Anes.
Os personagens secundários são de suma importância à história. Eles descentralizam o foco da protagonista, despejando os acontecimentos uniformemente entre os personagens. Esse foi um dos fatos que fez com que eu me apaixonasse por cada um deles. Destaque para a família de Kira e Lelê, que, ao longo da trama, mostram-se cheios de problemas e obstáculos na busca por serem felizes. Quem já leu o livro sabe que a curiosidade do leitor não se concentra nos problemas(ões) que a Kira anda tendo, mas também na situação atual das pessoas que a cercam.
Gostei da história ser ambientada no Rio de Janeiro, embora fosse esperado já que a Tammy mora lá. De qualquer forma, os nomes que realmente existem e foram citados na trama tornaram a leitura mais real; saber que o local onde tal importantíssimo acontecimento ocorreu existe, trouxe uma empolgação deliciosa ao leitor. Uma coisa a se admitir: agora morro de vontade de conhecer cada espaço citado pela Tammy.
Bem, sobre as cenas mais intensas, elas acontecem mais ao final do livro, Posso classificar as cenas dos sonhos como profundas, já que intensas são as de quando a Kira e galera ************* e daí ****** aconteceu com ***** e então tudo ****** e eu quase ****** pela janela, só não fiz isso porque depois as coisas ficaram ainda ******. De qualquer forma, eu via que as páginas estavam acabando e queria saber como é que a Dona Tammy ia dar um jeito naquela situação. Adivinhem: sim, ela conseguiu. Ainda por cima, deu um final satisfatório aos personagens. Só sei que o livro conseguiu reunir quase todos os gêneros literários que conheço dentro de uma trama inteligente e empolgante.
A diagramação ficou simples, mas ainda assim confortável. Amei o rosinha das partes de trás da capa, contracapa e das orelhas, já que traduziu toda a leveza que a trama apresenta - bem, apenas de algumas partes; Tammy amou pôr tensão também. As páginas têm uma textura tão gostosa! A capa é um ponto que me satisfez muito. Um pouco antes do lançamento do livro, a Editora Valentina abriu uma votação pública para que a capa fosse escolhida. Eu, é claro, participei. Ao final das contas, a escolha foi perfeita e traduziu muito bem a essência da história. O único fato que me incomodou foi que a contracapa e ambas as orelhas estão cheias de comentários de outras autoras sobre o livro, e não sobra espaço para uma sinopse ou uma pista sobre o que o livro se tratava. Caso eu não soubesse a premissa do livro, dificilmente eu convenceria apenas pelo título ou a capa. Mas foi a única coisa que não me agradou.
Quem estiver atrás de uma história gostosa de ler, encantadora e cheia de romance, provavelmente está atrás de um livro chamado de Sonhei que Amava Você. Conhecer o que a Tammy tem a oferecer aos seus leitores me deixou cheia de vontade de conhecer mais dessa carioca fofa e simpática - que sim, conheci na Bienal. Esse lançamento da Valentina precisa ser urgentemente lido por todos os leitores do Brasil - e espero que daqui a pouco do mundo também.
A história criada por Tammy Luciano desperta no leitor a vontade de se submergir depressa nos próprios sonhos na esperança de viver uma história tão intensa e linda quanto a de Kira. A escrita dessa escritora maravilhosa me levou aos limites da boa imaginação e fantasia, ao mesmo tempo em que me fazia judiar das minhas unhas. Kira é uma personagem que, logo no começo do livro, ganha o carinho do leitor por ser tão carismática e doce. A jovem abriu uma loja com a melhor amiga, Lelê. As duas são inseparáveis! O leitor conhece a história da amizade delas nas primeiras páginas e percebe o cheiro de sinceridade ali. Enfim, Kira tem uma vida invejável: tão jovem e já encaminhada profissionalmente, possui uma família de ouro (que inclui Cadu e Cafa, gêmeos, a mãe dona de um super bem frequentado restaurante e um pai que trabalha no meio da Justiça) e uma melhor amiga incrível. No entanto, a garota mantém uma pulguinha atrás da orelha por estar na casa dos vinte e nunca ter tido um namorado. Esse problema, de repente, mostra que tem uma solução no último lugar onde Kira pensaria em procurar: seus sonhos.
Exatamente. A
A escrita da Tammy (sempre prefiro começar falando da escrita), em uma das resenha que eu li de Claro que Te Amo!, carregava o adjetivo "Emily Giffin". Bem, qualquer leitor sabe que sem comentários sobre a escrita dessa moça. Portanto, uma das maiores curiosidades que eu tinha em relação aos livros da Tammy se referia a escrita. A primeira cena do livro - um pássaro num desespero para sair pela janela - me surpreendeu porque embora simples, trouxe para mim uma delicadeza e habilidade que eu não estava preparada para receber. Por isso, a leitura do Sonhei correu fluidamente, fazendo com que eu o lesse em um dia e meio.
O jeito com que a Tammy tratou os acontecimentos do livro em começo, meio e fim também me satisfez. Caso alguém que me perguntasse o que marca cada uma dessas divisões, eu saberia responder sem problema nenhum. Isso porque a Tammy, embora deixe o sentimento fluir e mostrar-se inteiramente presente, sabe aplicar seu método de escrita e cortar parágrafos que seriam desnecessários, moldar diálogos convencíveis e personagens atraentes, além de começar, desenvolver e concluir um romance com maestria, talento e sabedoria.
Aproveito a deixa para comentar sobre os personagens. Tammy criou pessoas adoráveis e mais importante: humanas. Eu simplesmente detesto aqueles personagens perfeitinhos que sempre sabem de tudo, que agem sempre certamente e que não apresentam nenhum defeito. Por isso, conhecer os componentes do universo do Sonhei foi um verdadeiro prato cheio para mim. Kira, seus pais, Cafa, Cadu, Lelê até mesmo sua cachorrinha Anja se destacam por carregarem tanto peso. Seja com um passado duvidoso, um medo constante, dúvidas ou desconfianças, essas pessoas são perseguidas por sua própria vulnerabilidade humana. Além disso, é muito fácil para o leitor se apegar a essa galera. Eu, por exemplo, sofria com eles quando alguma os perturbava e cheguei até a ter pena da antagonista da trama, que, pelo menos nessa resenha, vai ficar sem nome.
Esses personagens constroem uma história que chama muita atenção por sua ousadia. Acho que a Tammy arriscou muito tratando de um assunto tão diferente. Mas atualmente, é necessário arriscar para conquistar no mercado literário. Portanto, Tammy, relaxa; leitoras como eu esperam que a senhora arrisque assim nas próximas histórias, porque super funcionou! Gostei do livro por tratar de sonhos. Mexe com o que é há de mais profundo dentro de nós. As cenas em que a protagonista narrava suas experiências com o rapaz misterioso em seu subconsciente foram as mais intensas da trama - mentira, vou falar delas mais para frente. De qualquer forma, o livro me conquistou principalmente por causa dessa surreais experiências de Kira. Além de que a Tammy ganhou um pontaço por ter citado o livro de Chico Anes.
Os personagens secundários são de suma importância à história. Eles descentralizam o foco da protagonista, despejando os acontecimentos uniformemente entre os personagens. Esse foi um dos fatos que fez com que eu me apaixonasse por cada um deles. Destaque para a família de Kira e Lelê, que, ao longo da trama, mostram-se cheios de problemas e obstáculos na busca por serem felizes. Quem já leu o livro sabe que a curiosidade do leitor não se concentra nos problemas(ões) que a Kira anda tendo, mas também na situação atual das pessoas que a cercam.
Gostei da história ser ambientada no Rio de Janeiro, embora fosse esperado já que a Tammy mora lá. De qualquer forma, os nomes que realmente existem e foram citados na trama tornaram a leitura mais real; saber que o local onde tal importantíssimo acontecimento ocorreu existe, trouxe uma empolgação deliciosa ao leitor. Uma coisa a se admitir: agora morro de vontade de conhecer cada espaço citado pela Tammy.
Bem, sobre as cenas mais intensas, elas acontecem mais ao final do livro, Posso classificar as cenas dos sonhos como profundas, já que intensas são as de quando a Kira e galera ************* e daí ****** aconteceu com ***** e então tudo ****** e eu quase ****** pela janela, só não fiz isso porque depois as coisas ficaram ainda ******. De qualquer forma, eu via que as páginas estavam acabando e queria saber como é que a Dona Tammy ia dar um jeito naquela situação. Adivinhem: sim, ela conseguiu. Ainda por cima, deu um final satisfatório aos personagens. Só sei que o livro conseguiu reunir quase todos os gêneros literários que conheço dentro de uma trama inteligente e empolgante.
A diagramação ficou simples, mas ainda assim confortável. Amei o rosinha das partes de trás da capa, contracapa e das orelhas, já que traduziu toda a leveza que a trama apresenta - bem, apenas de algumas partes; Tammy amou pôr tensão também. As páginas têm uma textura tão gostosa! A capa é um ponto que me satisfez muito. Um pouco antes do lançamento do livro, a Editora Valentina abriu uma votação pública para que a capa fosse escolhida. Eu, é claro, participei. Ao final das contas, a escolha foi perfeita e traduziu muito bem a essência da história. O único fato que me incomodou foi que a contracapa e ambas as orelhas estão cheias de comentários de outras autoras sobre o livro, e não sobra espaço para uma sinopse ou uma pista sobre o que o livro se tratava. Caso eu não soubesse a premissa do livro, dificilmente eu convenceria apenas pelo título ou a capa. Mas foi a única coisa que não me agradou.
Quem estiver atrás de uma história gostosa de ler, encantadora e cheia de romance, provavelmente está atrás de um livro chamado de Sonhei que Amava Você. Conhecer o que a Tammy tem a oferecer aos seus leitores me deixou cheia de vontade de conhecer mais dessa carioca fofa e simpática - que sim, conheci na Bienal. Esse lançamento da Valentina precisa ser urgentemente lido por todos os leitores do Brasil - e espero que daqui a pouco do mundo também.
Avaliação:
5 estrelas!!!
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