sábado, 6 de setembro de 2014

[COLUNA] 23ª Bienal do Livro de São Paulo: Uma Experiência Para Ficar na História

Na história do meu coração, para ser mais clara. A Bienal passa como um filme na minha cabeça, praticamente o tempo todo. E os motivos, bem, eu acho que ninguém precisa esclarecer. Aquele evento que ocorre de dois em dois anos, recheado de livros e mais livros que enlouquecem um viciado lá dentro, me recebeu de catracas abertas e estandes maravilhosos no dia 30 de agosto de 2014. Pena que foi só um dia, porque eu poderia muito bem passar o resto da minha vida naquele paraíso, desde que algum bom samaritano passasse lá para me deixar dinheiro, comida e roupas. Brincadeira. Ou talvez nem tanto.

Bienal do Livro de São Paulo:

Um Mar de Emoções




      Quanto às colunas semanais do blog posso dizer que finalmente voltaram, galera! Eu só precisava de um tempinho para me organizar quanto aos dias de postagem coisa e tal, mas o importante é que acho que finalmente temos um acordo. Sexta e domingo são para resenhas e o sábado para colunas. O que é que vocês acham?

Agora, de volta ao artigo. Ele vai ficar enorme, por causa das fotos, fatos e falas inesquecíveis que nasceram no Anhembi, mas no final vai valer à pena. Aqui trago as provas de que meu sonho virou realidade – até eu tenho lá minhas dúvidas do que aconteceu e do que ficou em branco. Prometo não ser nem detalhista ou evasiva demais. Estou sendo totalmente guiada pela emoção agora.

Para começar, chegar cedo foi uma decisão muito bem tomada da minha parte. Não foi aquele cedo de madrugar na frente dos portões ou de armar barraquinhas ao redor do Pavilhão. Cedo, tipo, meia hora antes de abrir. A fila não estava lá muito encorajadora, mas para quem não tinha intenção de pegar senha para algum autógrafo dava para enfrentar, até porque a Bienal estava tão bem organizada que os longos minutos de perdição tentando encontrar o início e o fim da fila passaram voando.


Nota: eu fiquei muito assustada quando fui lendo em blogs e no facebook ao longo da semana que a Bienal estava um desastre de tão desorganizada. Li que teve gente que mesmo com a identificação das ruas não conseguiu achar certos estandes, que ficou horas intermináveis em filas de caixas, coisa e tal. Não sei se foi porque eu tive sorte ou se foi exagero da galera mesmo, mas para o último fim de semana estava “tranquilo”.
Primeira parada adivinhem? Vou dar uma dica: D600. É isso aí. A NC. Vale lembrar que já visitei a Bienal em 2012, mas cá entre nós: eu tinha dez anos, embarcava no mundo literário havia poucos meses e não fazia ideia de onde ir ou do que procurar na feira. Resultado: sacolas pesadas nas mãos que incluíam livros que ninguém conhecia e que nem conheceriam (só os comprei por causa das promoções malucas de leve três por dez reais) e um livreto do Smilinguido. Eu não tinha parado para pensar que os melhores livros estavam nos melhores estandes, então por isso, sem erro aterrissei diretamente na Editora Novo Conceito, que (novamente) diferente do que disseram, estava super organizada e atrativa e isso, claro, inclui os preços. Preços incríveis, promoções malucas e o que não poderia nunca faltar: os autores nacionais.
Quando disseram que essa Bienal seria nacional, não estavam brincando. Pensem num lugar cheio de autores brasileiros! Praticamente em toda editora havia um! A NC foi uma das campeãs, porque só no dia 30 contou com seis escritores nacionais. Como se eles quisessem me matar do coração, foram surgindo um a um, cada um de um jeito mais inusitado. Vamos por ordem.
1.    Maurício Gomyde.
Foi o primeiro a preencher meu campo de visão. Se imaginem simplesmente passando os dedos angelicalmente sobre o título de A Namorada do Meu Amigo e ouvir uma voz atrás de você dizendo assim: “você sabe que a autora desse livro, a Graciela Mayrink, está aqui hoje, né?”. Eu me virei para ver quem era o cara e meu rostinho lindo se converteu na cara de surpresa mais terrível que você possa imaginar. “Maurício?” eu praticamente gritei que nem uma louca no estande. O coitado nem teve tempo de responder, porque como uma fiel fã fanática (FFF, para os íntimos) eu pulei no pescoço do cara e não soltaria por nada se outro alguém não aparecesse na cena. Papai. Já armado com a câmera do celular na mão, só me restou pegar um exemplar de A Máquina de Contar Histórias e posar para a foto. Show.


2.    Graciela Mayrink.
O surgimento dessa escritora deveu-se ao Maurício. Enquanto ele gentilmente me explicava o enredo de seu livro, dizendo que era realmente muito bom e ainda por cima o melhor de toda a Bienal, a Graci chegou dizendo que aquilo não se dizia para o leitor. Desceu a dura nele e depois se virou para mim, me cumprimentando. Fique claro que tudo foi em tom de brincadeira, né gente? Mal recuperada da surpresa de ver o Maurício, também pulei na Graciela num abraço e tirei foto, nem acreditando que aquilo estava mesmo acontecendo.


3.    Felipe Colbert.
Bem, só depois que o susto passou eu fui me lembrar de que não tinha pagado os livros ainda, haha. Não teve graça na hora, só quando cheguei ao caixa com aquela pilha de livros nas mãos e paguei 130 reais nos seis livros. Na volta para o fuzuê, mirando no Maurício e na Graciela que continuavam no mesmo lugar, vi Felipe Colbert, que eu ainda não notara. Ele é bem maior do que eu pensei, vou admitir, mas mesmo assim foi emocionante poder conversar com ele, mesmo que brevemente e vê-lo autografando meu exemplar de Belleville. O cara era tão procurado que nem deu tempo de papear. Tinha uma filhinha atrás de mim. Mas saí daquele canto com a cara de vitoriosa mais bonita que eu já fizera.



4.    Lu Piras.
O momento em que os meus olhos se encontraram com os de Lu Piras, foi o mais emocionante da minha vida. Ela e a Tammy dividiam uma mesa e recebiam o pessoal lá para autografar os livros. Eu já era a próxima e o lado da Lu liberou primeiro. De boa, eu não tinha esperanças nem expectativas de que no meio de tanta gente lá na Bienal, qualquer autor se lembrasse de mim de qualquer lugar. Seja no blog ou no face, estou sempre em contato com os escritores e isso é bacana. Mas ser reconhecida pessoalmente quase nunca me passou pela cabeça. Então imaginem Lu Piras te abraçando, dizendo que é um prazer te conhecer. Depois que você se desvencilha do abraço, ela olha NOS SEUS OLHOS e diz: “Você é a Victória, não é? Te reconheci por causa do rostinho...” Caramba, gente, imaginem essa cena com vocês! Uma escritora maravilhosa, linda e que você “idolatra” na internet te chama pelo nome num lugar onde o que não falta é gente! O que eu fiz foi dar mais um milhão de abraços nessa carioca super meiga, mais parecida com uma fadinha e dizer em voz alta e em pensamento que a amava. Meu coração parou de bater uns cinco segundos quando isso aconteceu. E não é para menos...




5.    Tammy Luciano.
Quase chorando de emoção pelo que acabara de acontecer comigo, o lado da Tammy liberou e eu fui até ela. No automático tirei o Claro que Te Amo da sacola e entreguei a ela. Um abraço apertado, uma filipeta entregue e um bate-papo super alto astral me trouxe de volta, sobre seu novo livro Sonhei Que Amava Você. Logo tem notícias dele aqui no blog, gente! A Tammy é super diferente do que eu imaginei – ainda mais linda e simpática. Que venha o livro novo, Tammy!



6.    Samanta Holtz
Só faltava a Christine Melo do estande da NC, mas ela ainda não havia chegado. Me restou ir até o estande da Editora Novo Século e procurar a Sam por lá. Renascer de Um Outono, seu livro de lançamento, está na lista de muitos leitores e a minha não era exceção. Vale lembrar que era a segunda vez que eu ia ao estande da NS atrás dessa moça, que se mostrou famosíssima. Não precisei nem perguntar para algum vendedor onde ela estava; achou a multidão, achou Samanta Holtz. Esbanjando simpatia e meiguice, a Sam recebeu todo mundo e autografou muita coisa. Aproveitando que a situação estava mais calma na minha vez, tive tempo de contar à ela um sonho que tive com ela algumas semanas atrás, que incluiu uma Samanta gigante e uma Vick baixinha no seu ombro. Ela se curvou de rir, e depois de um autógrafo fofo, foto e abraço, saí dali com o riso contagiante da moça de estatura completamente normal penetrando os ouvidos.



7.    Christine Melo.
Voltei à NC. Para falar a verdade, foi o estande no qual eu mais fiquei no dia. Na enfim terceira tentativa de achar a Chris, consegui! Ela estava lá, linda, fashion, charmosa e quase como se estivesse me esperando, haha. Brincadeira. Conversamos, rimos, desabafamos e tive certeza de que fazia uma amiga. Certeza absoluta. Aquela escritora maluca (definição do Thiago Mlaker, não minha), ganhou definitivamente um espaço no meu coração para sempre e sempre. Se amar não era o suficiente, o que agora é ainda não tem nome. Por enquanto, chamemos de realização.



Os encontros acabaram por ali. Almocei, voltei e andei muito até a hora dos bate-papos, que também ocorreram na NC. Foi incrível conhecer tanta gente que eu só conhecia por meio da internet, uma tela sem graça de separação. O cansaço valeu a pena, o dia valeu a pena e a minha vida inteira até ali já valeu a pena, porque além de uma experiência que vai me marcar para o resto da vida, a Bienal me abriu portas para visões que eu sequer imaginava antes. Vi pessoas, fiz amizades em filas de estandes e acima de tudo, aprendi muito, com cada autor, cada amigo e cada momento.
Vale lembrar que uma das emoções maiores do dia (quantas vezes eu já disse isso?) foi conhecer a lenda: Thiago Mlaker, editor da nossa galerinha! Ele é incrível, simpático inteligente e engraçado. Muito obrigada pela atenção e carinho com seus leitores, Thiago e sim, muita gente conhece você também!


Já vou avisando que logo tem resenha da livraiada que veio de Sampa. Um dia incrível, um evento marcante, uma experiência para ficar na história. Talvez não só do meu coração.












2 comentários:

  1. Oi Vick,
    Primeiro, guria.. teu blog é uma graça! <3 E já estou seguindo!
    Segundo, aaah tu foi no dia 30 de agosto?? Ficou no encontro de blogueiros da Novo Conceito de tarde? Se tiver ficado vai lembrar de mim, eu paguei mico lá no palco para ganhar os livros do Maurício Gomyde. kkkk Sou super fã dele.

    Ah, essa Bienal foi dos autores nacionais, definitivamente. O estande da NC estava MARAVILHOSO e nossa, eu também fiquei boa parte do dia lá, tietando os autores :) hehe

    Amei o post!

    Beijos,
    Mari Siqueira
    http://loveloversblog.blogspot.com

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  2. Querida Vick,

    Adoreeeei seu post, querida!!! E que lindo ler a forma fofa como você se referiu a mim :) Obrigadaaa!

    "Encontrou multidão, encontrou Samanta Holtz" - hahhahaha!! Muito bom!!!

    Fico feliz em saber que o carinho que tenho por vocês em meu coração é sentido no coração de vocês... ^_^ Não tem como não recebê-los com o maior carinho do mundo! Vocês são a razão pela qual eu escrevo!

    Beijossss

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