Na
história do meu coração, para ser mais clara. A Bienal passa como um filme na
minha cabeça, praticamente o tempo todo. E os motivos, bem, eu acho que ninguém
precisa esclarecer. Aquele evento que ocorre de dois em dois anos, recheado de
livros e mais livros que enlouquecem um viciado lá dentro, me recebeu de
catracas abertas e estandes maravilhosos no dia 30 de agosto de 2014. Pena que
foi só um dia, porque eu poderia muito bem passar o resto da minha vida naquele
paraíso, desde que algum bom samaritano passasse lá para me deixar dinheiro,
comida e roupas. Brincadeira. Ou talvez nem tanto.
Bienal do Livro de São Paulo:
Um Mar de Emoções
Quanto às colunas semanais do blog posso dizer que finalmente voltaram, galera! Eu só precisava de um tempinho para me organizar quanto aos dias de postagem coisa e tal, mas o importante é que acho que finalmente temos um acordo. Sexta e domingo são para resenhas e o sábado para colunas. O que é que vocês acham?
Bienal do Livro de São Paulo:
Um Mar de Emoções
Quanto às colunas semanais do blog posso dizer que finalmente voltaram, galera! Eu só precisava de um tempinho para me organizar quanto aos dias de postagem coisa e tal, mas o importante é que acho que finalmente temos um acordo. Sexta e domingo são para resenhas e o sábado para colunas. O que é que vocês acham?
Agora,
de volta ao artigo. Ele vai ficar enorme, por causa das fotos, fatos e falas
inesquecíveis que nasceram no Anhembi, mas no final vai valer à pena. Aqui trago
as provas de que meu sonho virou realidade – até eu tenho lá minhas dúvidas do
que aconteceu e do que ficou em branco. Prometo não ser nem detalhista ou
evasiva demais. Estou sendo totalmente guiada pela emoção agora.
Para
começar, chegar cedo foi uma decisão muito bem tomada da minha parte. Não foi
aquele cedo de madrugar na frente dos portões ou de armar barraquinhas ao redor
do Pavilhão. Cedo, tipo, meia hora antes de abrir. A fila não estava lá muito
encorajadora, mas para quem não tinha intenção de pegar senha para algum
autógrafo dava para enfrentar, até porque a Bienal estava tão bem organizada
que os longos minutos de perdição tentando encontrar o início e o fim da fila
passaram voando.
Nota:
eu fiquei muito assustada quando fui lendo em blogs e no facebook ao longo da
semana que a Bienal estava um desastre de tão desorganizada. Li que teve gente
que mesmo com a identificação das ruas não conseguiu achar certos estandes, que
ficou horas intermináveis em filas de caixas, coisa e tal. Não sei se foi
porque eu tive sorte ou se foi exagero da galera mesmo, mas para o último fim
de semana estava “tranquilo”.
Primeira
parada adivinhem? Vou dar uma dica: D600. É isso aí. A NC. Vale lembrar que já
visitei a Bienal em 2012, mas cá entre nós: eu tinha dez anos, embarcava no
mundo literário havia poucos meses e não fazia ideia de onde ir ou do que
procurar na feira. Resultado: sacolas pesadas nas mãos que incluíam livros que
ninguém conhecia e que nem conheceriam (só os comprei por causa das promoções
malucas de leve três por dez reais) e um livreto do Smilinguido. Eu não tinha
parado para pensar que os melhores livros estavam nos melhores estandes, então
por isso, sem erro aterrissei diretamente na Editora Novo Conceito, que
(novamente) diferente do que disseram, estava super organizada e atrativa e
isso, claro, inclui os preços. Preços incríveis, promoções malucas e o que não
poderia nunca faltar: os autores nacionais.
Quando
disseram que essa Bienal seria nacional, não estavam brincando. Pensem num
lugar cheio de autores brasileiros! Praticamente em toda editora havia um! A NC
foi uma das campeãs, porque só no dia 30 contou com seis escritores nacionais. Como
se eles quisessem me matar do coração, foram surgindo um a um, cada um de um
jeito mais inusitado. Vamos por ordem.
1. Maurício Gomyde.
Foi
o primeiro a preencher meu campo de visão. Se imaginem simplesmente passando os
dedos angelicalmente sobre o título de A
Namorada do Meu Amigo e ouvir uma voz atrás de você dizendo assim: “você
sabe que a autora desse livro, a Graciela Mayrink, está aqui hoje, né?”. Eu me
virei para ver quem era o cara e meu rostinho lindo se converteu na cara de
surpresa mais terrível que você possa imaginar. “Maurício?” eu praticamente
gritei que nem uma louca no estande. O coitado nem teve tempo de responder,
porque como uma fiel fã fanática (FFF, para os íntimos) eu pulei no pescoço do
cara e não soltaria por nada se outro alguém não aparecesse na cena. Papai. Já armado
com a câmera do celular na mão, só me restou pegar um exemplar de A Máquina de Contar Histórias e posar
para a foto. Show.
2. Graciela
Mayrink.
O
surgimento dessa escritora deveu-se ao Maurício. Enquanto ele gentilmente me
explicava o enredo de seu livro, dizendo que era realmente muito bom e ainda
por cima o melhor de toda a Bienal, a Graci chegou dizendo que aquilo não se dizia
para o leitor. Desceu a dura nele e depois se virou para mim, me
cumprimentando. Fique claro que tudo foi em tom de brincadeira, né gente? Mal recuperada
da surpresa de ver o Maurício, também pulei na Graciela num abraço e tirei
foto, nem acreditando que aquilo estava mesmo acontecendo.
3. Felipe Colbert.
Bem,
só depois que o susto passou eu fui me lembrar de que não tinha pagado os
livros ainda, haha. Não teve graça na hora, só quando cheguei ao caixa com
aquela pilha de livros nas mãos e paguei 130 reais nos seis livros. Na volta
para o fuzuê, mirando no Maurício e na Graciela que continuavam no mesmo lugar,
vi Felipe Colbert, que eu ainda não notara. Ele é bem maior do que eu pensei,
vou admitir, mas mesmo assim foi emocionante poder conversar com ele, mesmo que
brevemente e vê-lo autografando meu exemplar de Belleville. O cara era tão procurado que nem deu tempo de papear. Tinha
uma filhinha atrás de mim. Mas saí daquele canto com a cara de vitoriosa mais bonita
que eu já fizera.
4. Lu
Piras.
O
momento em que os meus olhos se encontraram com os de Lu Piras, foi o mais
emocionante da minha vida. Ela e a Tammy dividiam uma mesa e recebiam o pessoal
lá para autografar os livros. Eu já era a próxima e o lado da Lu liberou
primeiro. De boa, eu não tinha esperanças nem expectativas de que no meio de
tanta gente lá na Bienal, qualquer autor se lembrasse de mim de qualquer lugar.
Seja no blog ou no face, estou sempre em contato com os escritores e isso é
bacana. Mas ser reconhecida pessoalmente quase
nunca me passou pela cabeça. Então imaginem Lu Piras te abraçando, dizendo que
é um prazer te conhecer. Depois que você se desvencilha do abraço, ela olha NOS
SEUS OLHOS e diz: “Você é a Victória, não é? Te reconheci por causa do
rostinho...” Caramba, gente, imaginem essa cena com vocês! Uma escritora
maravilhosa, linda e que você “idolatra” na internet te chama pelo nome num
lugar onde o que não falta é gente! O que eu fiz foi dar mais um milhão de
abraços nessa carioca super meiga, mais parecida com uma fadinha e dizer em voz
alta e em pensamento que a amava. Meu coração parou de bater uns cinco segundos
quando isso aconteceu. E não é para menos...
5. Tammy Luciano.
Quase
chorando de emoção pelo que acabara de acontecer comigo, o lado da Tammy
liberou e eu fui até ela. No automático tirei o Claro que Te Amo da sacola e entreguei a ela. Um abraço apertado,
uma filipeta entregue e um bate-papo super alto astral me trouxe de volta,
sobre seu novo livro Sonhei Que Amava
Você. Logo tem notícias dele aqui no blog, gente! A Tammy é super diferente
do que eu imaginei – ainda mais linda e simpática. Que venha o livro novo, Tammy!
6. Samanta
Holtz
Só
faltava a Christine Melo do estande da NC, mas ela ainda não havia chegado. Me restou
ir até o estande da Editora Novo Século e procurar a Sam por lá. Renascer de Um Outono, seu livro de
lançamento, está na lista de muitos leitores e a minha não era exceção. Vale lembrar
que era a segunda vez que eu ia ao estande da NS atrás dessa moça, que se
mostrou famosíssima. Não precisei nem perguntar para algum vendedor onde ela
estava; achou a multidão, achou Samanta Holtz. Esbanjando simpatia e meiguice,
a Sam recebeu todo mundo e autografou muita coisa. Aproveitando que a situação
estava mais calma na minha vez, tive tempo de contar à ela um sonho que tive
com ela algumas semanas atrás, que incluiu uma Samanta gigante e uma Vick
baixinha no seu ombro. Ela se curvou de rir, e depois de um autógrafo fofo,
foto e abraço, saí dali com o riso contagiante da moça de estatura
completamente normal penetrando os ouvidos.
7. Christine Melo.
Voltei
à NC. Para falar a verdade, foi o estande no qual eu mais fiquei no dia. Na enfim
terceira tentativa de achar a Chris, consegui! Ela estava lá, linda, fashion,
charmosa e quase como se estivesse me esperando, haha. Brincadeira. Conversamos,
rimos, desabafamos e tive certeza de que fazia uma amiga. Certeza absoluta. Aquela
escritora maluca (definição do Thiago Mlaker, não minha), ganhou
definitivamente um espaço no meu coração para sempre e sempre. Se amar não era
o suficiente, o que agora é ainda não tem nome. Por enquanto, chamemos de
realização.
Os
encontros acabaram por ali. Almocei, voltei e andei muito até a hora dos
bate-papos, que também ocorreram na
NC. Foi incrível conhecer tanta gente que eu só conhecia por meio da internet,
uma tela sem graça de separação. O cansaço valeu a pena, o dia valeu a pena e a
minha vida inteira até ali já valeu a pena, porque além de uma experiência que
vai me marcar para o resto da vida, a Bienal me abriu portas para visões que eu
sequer imaginava antes. Vi pessoas, fiz amizades em filas de estandes e acima
de tudo, aprendi muito, com cada autor, cada amigo e cada momento.
Vale
lembrar que uma das emoções maiores do dia (quantas vezes eu já disse isso?)
foi conhecer a lenda: Thiago Mlaker, editor da nossa galerinha! Ele é incrível,
simpático inteligente e engraçado. Muito obrigada pela atenção e carinho com
seus leitores, Thiago e sim, muita gente conhece você também!
Já
vou avisando que logo tem resenha da livraiada que veio de Sampa. Um dia
incrível, um evento marcante, uma experiência para ficar na história. Talvez não
só do meu coração.
Oi Vick,
ResponderExcluirPrimeiro, guria.. teu blog é uma graça! <3 E já estou seguindo!
Segundo, aaah tu foi no dia 30 de agosto?? Ficou no encontro de blogueiros da Novo Conceito de tarde? Se tiver ficado vai lembrar de mim, eu paguei mico lá no palco para ganhar os livros do Maurício Gomyde. kkkk Sou super fã dele.
Ah, essa Bienal foi dos autores nacionais, definitivamente. O estande da NC estava MARAVILHOSO e nossa, eu também fiquei boa parte do dia lá, tietando os autores :) hehe
Amei o post!
Beijos,
Mari Siqueira
http://loveloversblog.blogspot.com
Querida Vick,
ResponderExcluirAdoreeeei seu post, querida!!! E que lindo ler a forma fofa como você se referiu a mim :) Obrigadaaa!
"Encontrou multidão, encontrou Samanta Holtz" - hahhahaha!! Muito bom!!!
Fico feliz em saber que o carinho que tenho por vocês em meu coração é sentido no coração de vocês... ^_^ Não tem como não recebê-los com o maior carinho do mundo! Vocês são a razão pela qual eu escrevo!
Beijossss