Oiê galera literária! Como prometido, os horários de postagem do blog estão se ajustando e logo teremos mais dias para postar. Por enquanto, confirmado temos resenha de livros nacionais às sextas, colunas aos sábados e resenhas de livros internacionais aos domingos. Sempre terá espaço para as notícias repentinas, é claro.
O tema da coluna dessa semana foi complicado. Para começar vocês me deixaram no maior vácuo com questão a isso, pois na coluna passada sobre a Bienal deixei o humilde pedido nas redes sociais para que vocês sugerissem temas, pois quero escrever sobre temas que agradem vocês também. Então, por favor gente linda, deixe aqui sua sugestão para a coluna da próxima semana! Enfim, pensei bastante e acho que um tema bastante comentado na blogosfera literária de hoje é a adaptação de livros para o cinema e a televisão. Portanto:
Adaptação Para as Telas:
Os leitores "aprovam" isso?
Todo mundo já notou que vivemos numa época onde a maior fonte de filmes são os livros. Histórias originais são cada vez mais raras no mercado cinematográfico, o que é realmente uma pena para os roteiristas de tramas originais (que pena para a Bianca, não é Lu Piras?). As adaptações de livros estão bombando, tomando conta dos cinemas. Ok. Mas os leitores curtem ver histórias que os marcaram tomando outro rumo nos filmes, personagens de quem nunca ouviram falar na vida aparecerem do nada, protagonistas descritos nos livros sendo interpretados por atores totalmente diferentes? A resposta é óbvia. Não.
Ano passado, não resisti à febre e resolvi assistir o filme Jogos Vorazes - Em Chamas e imaginem meu espanto ao ouvir em todas as propagandas de pré-lançamentos e lançamentos de filmes a frase "baseado no livro best-seller...". Daí só depois eu fui perceber o que estava acontecendo no mercado atual. Pois é. Nesse ano o cinema recebeu, recebe ou receberá Divergente, A Culpa é das Estrelas, Um Conto do Destino, A Menina que Roubava Livros, O Doador de Memórias, O Melhor de Mim, O Hobbit, Se Eu Ficar, Jogos Vorazes - A Esperança Parte 1 e muitos outros. E isso é muito bacana.
O problema é quando o livro perde sua identidade com essas adaptações. Conheço leitores que já estão de saco cheio de ver a essência de suas histórias e/ou personagens se perdendo nos filmes. Embora haja filmes que retratem com excelência as histórias contadas com maestria nos livros, há também aqueles que simplesmente tiram a gente do sério.
Eu por exemplo, estava super ansiosa para assistir o filme A Culpa é das Estrelas, baseado em um dos livros mais famosos do mundo. Fiquei super satisfeita em saber que sabia de cor quase todas as falas dos personagens, mesmo nunca ter assistido o filme. Do jeito que o cara gigante do meu lado me encarava, ele devia estar pensando em como aquela garota maluca estava viciada no longa; tanto que até as falas já sabia. Mas não era nada disso. O filme é tão parecido com o livro que faz qualquer leitor se sentir no paraíso. O enredo, as falas, os personagens, as cenas, tudo!, é extremamente semelhante. Não há personagens fantasmas nem súbitos. Amei. Há também fato que, igual fiz na leitura do livro, desmoronei em lágrimas feito um bebê. Micão.
Em contrapartida, conheci as irmãs Kate e Anna com o filme Uma Prova de Amor. Nota: eu não conhecia o livro no qual o filme foi baseado, tinha dez anos e morria de medo por se tratar de câncer. SPOILER: quase morri com a cena na qual Kate vomita sangue. Enfim, quando tinha onze anos finalmente criei coragem para assisti-lo e amei de paixão. Então, quando descobri que também havia o livro, enlouqueci para ler. A Guardiã da Minha Irmã foi a base para o filme e o motivo para eu não ter descoberto o livro antes está justamente na diferença de títulos. Fiquei muito brava ao ver que o filme, que eu considerava tão perfeito, tinha um final diferente do livro. Eu, pessoalmente, prefiro o desfecho original. O filme, além de ter um desfecho muito sem graça, excluiu uma personagem essencial do livro e para quem leu e assistiu, percebe que de repente o longa fica incompleto.
São coisas assim que irritam os leitores. Não entendemos porque é tão difícil conservar uma história marcante, não entendemos porque é necessário alterá-la. Enquanto curtimos um livro bacana, muitas vezes ficamos imaginando como seria se ele fosse levado para as telonas e dependendo do livro, pensamos que seria um resultado fantástico. Do que adianta fazer propaganda de um filme dizendo que é baseado no best-seller tal se o roteiro não faz jus à história original?
Também há a questão da televisão. Recentemente, recebemos a ótima notícia de que o romance de Marisa Ferrari, Arrabal e a Noiva do Capitão, será transformado em minissérie pela Rede Globo. O livro foi publicado pela Editora Novo Conceito em março deste ano e já está conquistando horizontes! Não há ainda previsão de estreia, mas Marisa já negociou os direitos de seu romance com a Globo, que pensa em passar a minissérie do século XIX ao XX. Imperdível.
As redes de televisão, geralmente, são mais fiéis aos livros que os filmes. A Globo, por exemplo, está sempre armada com minisséries baseadas em livros e melhor: livros nacionais. Isso é exemplo de que se pode tornar os livros mais populares por meio de outros tipos de comunicação sem borrar sua identidade. Os leitores agradecem. As histórias que marcam nossas vidas podem, sim, expandir horizontes e continuar com sua essência original.
E você, leitor? Qual é a sua opinião sobre esse tema? Deixe sua resposta aqui nos comentários e não se esqueça de deixar sugestões de temas bacanas para serem abordados! Eu não mordo!
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