Título:
A
Menina que Semeava
Autor:
Lou
Aronica
Editora:
Novo
Conceito
Páginas:
414
Sinopse:
Chris
Astor é um homem maduro, um botânico bem-sucedido, mas, especialmente, um pai
amoroso. Sua filha – Becky – é, para ele, seu maior e melhor projeto. Mas a
garota, tão amada, tem câncer. O que pode um pai quando sua filha foi acometida
por uma doença assim, nociva? Como diminuir o sofrimento de uma criança tão
amada? Apesar de sua agonia, Chris encontra uma maneira mágica de acolher sua
menininha. Para que ela se recupere bem, e mais rapidamente, ele cria um mundo
paralelo, cheio de fantasias, história e personagens maravilhosos que parecem
ter o poder milagroso da convalescença. E nada no mundo, nem sua sanidade, nem
seu trabalho, nem mesmo sua mulher serão obstáculos para a determinação deste
pai que só tem o propósito de ver sua filha feliz. Uma história sobre
desespero, esperança, invenção e descoberta que ultrapassa qualquer razão,
qualquer limite, enquanto você revê tudo aquilo em que acredita.
O que eu achei: Eu, que sempre acompanho o
site da Editora Novo Conceito, em junho do ano passado me deparei com uma capa
linda, com um título tão chamativo quanto. Atraem-me muito histórias envolvendo
fantasia, me fazem lembrar a infância de novo (como se eu fosse muito velha ¬¬)
e, portanto, não foi diferente com a Menina que Semeava. Infelizmente, levei
uma eternidade para adquiri-lo. Onde eu moro (Fim do Mundo) as livrarias são
muito atrasadas quanto à atualização de lançamentos de livros para vendas. Por
causa disso, só pude comprá-lo em uma viagem em dezembro do ano passado, que eu
fiz para São Paulo, minha terra natal. Então, com o tão sonhado e desejado
livro em mãos, o devorei em questão de dois dias.
A personagem Becky me surpreendeu
de vários ângulos. Desde a descoberta de seu câncer, quando ainda era pequena
até a narração atual da história, aos seus quatorze anos, ela se mostrou a
personagem mais sensata na hora de tomar decisões, sem perder no olhar seu
brilho da idade. Às vezes, a achei muito distante do pai, e não é para menos,
já que a história deixa clara sua mágoa por causa da separação dos pais quando
ela era criança. Surpreendeu-me o fato de ela ter uma boa convivência com o
padrasto, Al, já que sabemos que é quase sempre o contrário atualmente.
Chris também foi um
personagem que cresceu e desenvolveu-se demais ao decorrer da história, e seus
sentimentos e opiniões foram os mais descritos com precisão pelo autor, de uma
forma que nos faz sentir aquele aperto no peito quando ele está, por exemplo, triste,
porque é como se a gente sentisse a tristeza dele também. Em alguns trechos do
livro, torci de dedos cruzados para que Chris e Lisa se acertassem. A amizade
deles é tão intensa e simples, que não seria surpreendente se de repente os
dois se beijassem e iniciassem um relacionamento. Também achei um barato os
encontros arranjados que Lisa conseguia para ele.
A escrita é boa e diferente,
levando o leitor a sentir que está no contexto da história diversas vezes.
Fantasia e realidade estão equilibrados, não deixando a trama muito surreal ou
muito careta demais. Os personagens surpreendem, cada um ao seu modo e logo é
preciso piscar para se lembrar que não passa de um livro
A Menina que Semeava é um
livro que eu tenho consciência de que nunca irei esquecer. É fantástico; e uma
literatura rara, porque é forte e simples ao mesmo tempo, abordando vários
temas importantes e atuais. É uma
história tão cativante, que na noite em que terminei o livro, me concentrei ao
máximo na cama para tentar chegar até Tamarisk e ver se esse reino era real.
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