Autora: Maria Fernanda Guerreiro
Editora: Novo Conceito Selo: Novo Conceito Jovem
Páginas: 272
Sinopse: "Quando vi as duas listras azuis no meu teste de gravidez, tive uma certeza: precisava me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte da minha alegria era inventada e, a outra, não era minha. Lendo o resultado do exame, enquanto meu sorriso ganhava vida própria, o primeiro pensamento qur tomou conta de mim foi 'com meu filho vai ser diferente'. Esses eram, no mínimo, sentimentos conflitantes e eu não podia ignorar isso. Eu tinha que fazer as pazes com a minha história". Ao ver o resultado positivo de seu teste de gravidez, Mariana imediatamente começa a repensar seu difícil relacionamento com Helena, sua dedicada e severa mãe. A partir daí, as lembranças familiares, contadas com uma sensibilidade tocante, começam na infância e seguem pela vida afora, retratando a convivência da garota com Helena; o pai, Tito, e o irmão, Guga. Os bons e maus momentos da família, assim como as insegurançãs, os sobressaltos e as primeiras paixões de Mariana, são recordados com simplicidade e sentimento. Pequenos fatos são dissecados com maestria e profundidade. Maduro, psicológico, A Filha da Minha Mãe e Eu é um livro que fala com propriedade desse tema tão rico, e ao mesmo tempo tão delicado, que é o relacionamento entre mães e filhos.
O que eu achei: Posso com certeza dizer que o nível da nossa literatura nacional está alto. Nossos escritores estão enchendo nosso peito de orgulho e fazendo a gente erguer a cabeça sem medo para explorar os horizontes lá de fora. Foi quase essa sensação que eu tive ao conhecer o trabalho de Maria Fernanda Guerreiro. Seu romance é tão sensível, tão delicado e emocionante que fez com que eu me identificasse com a Mariana, me fez pensar se eu agiria daquela mesma forma se estivesse no lugar dela e o que eu faria se não. Foi uma leitura ágil, tranquila e tudo o que eu queria agora era simplesmente qualquer coisa da autora ou sobre o que aconteceu com os personagens. Estou me sentindo uma Hazel Grace em seu dilema com Van Hounten (risos).